segunda-feira, 8 de maio de 2017

Então é um contra nove

A onda da hora nas redes sociais são as listas de nove contra um. Até a madama já viu, porque sei que a madama também dá lá suas navegadinhas de quando em vez. Começou com a proposta de cada socializado (ou enredado, como queiram designar quem está mergulhado nas redes sociais) postar nove verdades e uma mentira a respeito de si mesmo e ficar lá, na moita virtual, a monitorar os esforços dos demais navegantes na tentativa de descobrir qual a mentira, quais as verdades. Há quem poste meias-verdades. Há quem se descubra enfronhado em meias-mentiras. De tudo há e o jogo foi ganhando derivações, como nove lugares que visitei e um que não. Nove coisas que fiz e uma que não. Nove frutas que comi e uma que desejo. Nove pessoas que adoro e uma que detesto (bah, essa é cruel, nem sei se rolou de fato).
Eu, assim como a madama, resisti à tentação virtual enredante e não postei lista alguma. Deixei para fazer isso aqui, nesta crônica de segunda, a fim de valorizá-la botando-a em consonância com os temas que movem na atualidade as atenções das gentes. E vou fazê-lo cinematograficamente, porque decidi listar nove filmes que sempre revejo e um que não revisito jamais. Vamos ver se a madama acerta a película dissonante. Vou dar uma dica, para facilitar a vida da senhora: atenção ao final da lista. Lá vai.

“O Iluminado” (1980), de Stanley Kubrick, com Jack Nicholson e Shelley Duvall. “Apocalypse Now” (1979), de Francis Ford Coppola, com Martin Sheen, Marlon Brando, Dennis Hopper, Harrison Ford e Robert Duvall. “Zelig” (1983), de Woody Allen, com Woody Allen e Mia Farrow. “Blade Runner” (1982), de Ridley Scott, com Harrison Ford, Sean Young, Rutger Hauer e Daryl Hannah. “Pulp Fiction” (1995), de Quentin Tarantino, com John Travolta, Bruce Willis, Uma Thurman, Quentin Tarantino, Samuel L. Jackson, Rosanna Arquette e Harvey Keitel. “O Sentido da Vida” (1983), do Monty Python. “Nosferatu” (1979), de Werner Herzog, com Klaus Kinski, Isabelle Adjani e Bruno Ganz. “Três Homens em Conflito” (1966), também conhecido como “O Bom, o Feio e o Mau”, de Sergio Leone, com Clint Eastwood, Eli Wallach e Lee Van Cleef. “Alguém Qualquer” (2012), de Tristan Aronovich, com Tristan Aronovich e Amanda Maya. E, por fim, “O Exorcista” (1974), de William Friedkin, com Linda Blair (ou seria Bleargh?) e creio que com o capeta em pessoa, porque esse eu assisti uma vez, décadas atrás, e até hoje tenho pesadelos, sendo que não revejo nem de olhos fechados, porque basta a trilha sonora do Mike Oldfield para me causar arrepios. E a madama? Qual a sua listinha?
(Crônica publicada no jornal "Pioneiro", de Caxias do Sul, em 8 de maio de 2017)

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