quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Eles e elas

Na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), os países Aliados (capitaneados por Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra) mobilizaram um monumental esforço de recursos para enfrentar e derrotar a tentativa dos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) de transformar o mundo em um circo dos horrores comandado pelo ódio. Nos gabinetes, líderes traçavam os planos de batalha; no front, soldados davam as próprias vidas no confronto direto com o inimigo; na retaguarda, profissionais de várias áreas disponibilizavam os recursos para as campanhas, alimentando as tropas, tratando os feridos, abastecendo os veículos etc; nas terras natais, os compatriotas produziam as armas necessárias para o confronto, os alimentos, os uniformes, as botas.
Em diferentes graus e sob formas variadas, homens e mulheres dessas nações em guerra, centenas de milhões deles, empregaram seus esforços pessoais, na maioria das vezes, anônimos, na conjugação do esforço que resultou na vitória Aliada contra o nazismo e o fascismo. São os heróis da humanidade, alguns deles ainda vivos. Líderes como Churchill, Roosevelt e generais como Patton, Jukov e outros entram para a história como as lideranças que estiveram à frente das ações e das decisões. Mas a História só caminhou para os rumos que caminhou devido à atuação dos anônimos, cujos nomes não integram os livros de História, mas permanecem imortalizados nas cruzes existentes nos memoriais de guerra e nos monumentos ao Soldado Desconhecido, para aqueles que tombaram sem serem identificados.
Homens e mulheres perfazem a totalidade desses heróis. As mulheres integraram as tropas do Exército Vermelho soviético em condições iguais às dos homens: como soldadas, como pilotas de aviões etc. Em todos os fronts, lá estavam elas, na condição de enfermeiras e médicas, tratando dos feridos. Nos seus países, assumiram o lugar dos homens que foram à guerra, substituindo-os nas fábricas e em vários outros postos. Homens e mulheres venceram a barbárie totalitária. Juntos.

Por isso que ainda creio, neste Dia Internacional do Homem, que homens e mulheres, juntos, serão capazes de vencer a cultura do ódio, da discriminação, do racismo, da inveja, do consumismo, da intolerância, da má-fé, da violência, da gratuidade de ataques. Um brinde às mulheres nesse Dia Internacional dos Homens. Outro, aos homens. Outro ainda àqueles e àquelas de boa-fé.
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 19 de novembro de 2015)

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