quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Vândalos virtuais

Da mesma forma como no mundo real, o universo virtual também é infestado pela praga dos mal-intencionados, legião que só faz crescer a olhos vistos e digitados. Se do lado de cá dos computadores precisamos nos precaver contra as ações de estelionatários, criminosos, bandidos, enganadores e espertitos, do lado de lá das telas precisamos tomar doses cada vez maiores de prudência para não sermos presas fáceis da engenhosidade malévola de quem quer tirar vantagem a todo o custo dos imprudentes, aliados ao bando dos que querem mesmo é anarquizar. É bom estar sempre alerta.
Todos já estão carecas de saber (ou deveriam estar) da existência dos hackers, aqueles nerds especializados em programação de computadores que conseguem invadir a sua máquina à distância por meio de programas-espiões, a partir dos quais roubam suas senhas de cartões de crédito e das contas bancárias e fazem aquele estrago nas suas finanças. Isso é uma coisa. Há também os criadores de vírus, cujas funções variam desde estragar sua máquina até apagar programas e arquivos, roubar senhas, zerar seus escores nos joguinhos, entre outras maldades irritantes e destrutivas. Isso é outra coisa, parecida com a primeira coisa. Coisas da mesma laia, em última análise.
Mas existe outro tipo de terrorista virtual em relação ao qual é preciso estar alerta, sob risco de sair pela aí reproduzindo informação errada e passando recibo de anta. Trata-se dos vândalos da informação, aqueles engraçadinhos que não têm graça nenhuma, cujo prazer psicopata é esculhambar sites ditos informativos, plantando neles dados errôneos. Claro que todos sabem (ou deveriam saber) que sites como a Wikipédia, por exemplo, não são confiáveis, uma vez que são domínios abertos ao público, ou seja, qualquer um pode acessar e inserir ali o que bem entender, sem que haja nenhum processo de triagem que garanta a lisura dos dados. Problema, e aí é que vem a coisa, é que as pessoas cada vez mais se utilizam de sites como esses para buscar e, pior, repassar informações que, algumas vezes, estão bombardeadas de erros.

Daqui a algum tempo, corre-se o risco de estarem dizendo que o Brasil é uma monarquia parlamentarista democrática, quando, na verdade, sabemos que o regime de governo aqui é... é... é o que, mesmo? Puxa, e agora?
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 9 de setembro de 2015)

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