quarta-feira, 1 de abril de 2015

Paul is dead

A imprensa mundial está em polvorosa com a revelação e não é para menos, afinal, em se confirmando, a notícia seguramente será a maior bomba do século, desmascarando uma farsa que vem enganando o planeta inteiro há quase meio século. O ex-baterista dos Beatles, Ringo Starr, 74 anos, aproveitou os holofotes da divulgação de seu novo álbum, “Postcards from Paradise”, para afirmar que trata-se de uma verdade, e não de boato, o fato de que o músico e também ex-Beatle Paul McCartney teria morrido em um acidente de carro em Londres em 1966, em pleno auge da banda, e foi substituído por um sósia, que está aí até hoje, fazendo-se passar por ele.
A revelação é de arrepiar os cabelos e eu, na condição de beatlemaníaco, estou com os meus eriçados desde ontem, quando li sobre isso na internet. Ringo diz que Paul (nascido em 1942, em Liverpool) teria saído dos estúdios de gravação da EMI em Londres certa madrugada de 1966, irritado devido a algumas discussões com os demais integrantes da banda (John Lennon, George Harrison e Ringo), e, transtornado, teria se acidentado fatalmente com o carro que dirigia. Chocados e temerosos com a reação do público, o que poderia até acarretar o fim da banda, os demais integrantes, aconselhados por seu empresário na época, Brian Epstein, resolveram colocar um sósia em seu lugar durante alguns dias, até que as coisas esfriassem e eles vissem o que fazer e como dar a notícia da morte de Paul ao mundo.
O escolhido para assumir temporariamente o papel de Paul foi William Shears Campbell (o tal “Billy Shears”, cantado na música-tema do álbum “Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band”, lançado na sequência, em 1967), que tinha (tem) uma semelhança assustadora com o Paul original, além de ser, como ele, canhoto e também um excelente, genial e criativo artista. Daí, o “falso” Paul foi ficando, ficando... E fui assistir ao show dele, em Porto Alegre, cinco anos atrás! Que mundo assustador é esse em que uma farsa dessas se sustenta por cinco décadas, e mais, que consegue gerar duas pessoas iguais em visual e genialidade, no mesmo lugar e na mesma época?

Ora, trata-se do mesmo mundo que estabeleceu o dia 1º de abril como o Dia da Mentira, e que permite que cronistas como eu apliquem uma dessas em seus leitores. Primeiro de abril, leitor!!! Ally you need is love!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 1 de abril de 2015)

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