segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Gente, gente!

Desde que me conheço como folheador de jornais, gosto de acompanhar notícias sobre o crescimento demográfico da humanidade no planeta Terra, esse anfitrião generoso que tão mal tratamos ao longo dessa nossa estada por seus domínios. Ao findar do ano de 2014, o IBGE divulgou os dados que atualizam a quantidade de brasileiros que somos, números esses que só fazem aumentar a cada ano que passa.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, somos exatos 202.768.562 de brasileiros atualmente, representando cerca de 3% dos estimados 7 bilhões de seres humanos no planeta (a dezena de astronautas que estão em órbita creio que também entra nas contagens absolutas). Ou seja, a proporção indica que, a grosso modo, a cada 100 pessoas no mundo, três são brasileiros. E viemos reproduzindo em ritmo acelerado, se observarmos que crescemos em 12 milhões de brasileiros nos últimos quatro anos, representando um acréscimo médio de três milhões a cada ano. É gente, tchê!
Falando em tchê, o IBGE também revela que, agora, já somos 11.207.274 de gaúchos. Em cinco anos, aumentamos nossa população em 513.345 pessoas, quase uma Caxias do Sul inteirinha. Sendo assim, dá para afirmar que cerca de 5% dos brasileiros são gaúchos. E em relação ao mundo, quantos somos? Peraí, já lhe digo, afinal, se tem coisa que aprendi a fazer nas aulas de matemática foi regra-de-três... Se no mundo há 7 bilhões de pessoas e se somos 11 milhões de gaúchos, então, xis prá cá, passa para o outro lado, multiplica, divide e... Pimba: representamos, nós, gaúchos, 0,15% da população planetária. Eita!

O que significa tudo isso? Bom, em primeiro lugar, o óbvio: que a população humana não para de crescer sobre a Terra. Depois, significa que, com tanta gente assim, já está mais do que na hora de pararmos com a brincadeira e começarmos a realmente nos preocupar em resolver problemas antigos da humanidade, sob pena de nossos bisnetos testemunharem um caos deixado de herança por nós que vai fazê-los pensar que seus antepassados (nós) não passávamos (passamos) de um bando de loucos inconsequentes. Não acho que queiramos ser lembrados assim por nossos descendentes. Ao trabalho!
(Crônica publicada no jornal Pioneiro em 5 de janeiro de 2015)

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